segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Uruguaio abre fogo em hospital para imitar massacre nos EUA


Uruguaio abre fogo em hospital para imitar massacre nos EUA.

DA EFE
Um uruguaio de 18 anos causou pânico em um hospital particular da cidade de Paysandu ao disparar três vezes sem causar vítimas, supostamente para imitar o autor do massacre da sexta-feira em uma escola de Newtown (Estados Unidos).
Fontes da Polícia de Paysandu, cidade localizada a 378 a noroeste de Montevidéu, disseram neste domingo à agência Efe que o incidente aconteceu no sábado às 9h (horário local, 10h de Brasília) e que graças à "rápida" intervenção dos agentes, que em poucos minutos chegaram ao local e renderam o jovem, "não houve feridos".
O agressor é filho único de uma família de Paysandu, cursava estudos na Universidade do Trabalho do Uruguai e era um "bom estudante", assinalaram as fontes.
"Tirava boas notas mas não se integrava com os demais, sempre estava em seu mundo", explicaram.
A versão da polícia indica que o especialista legista que o examinou após o incidente determinou que sofre "de uma crise de delírio severa".
Tanto é assim que chegou a dar várias versões diferentes sobre o motivo de sua ação, uma delas que "quando viu o que aconteceu nos Estados Unidos, pensou que tinha que fazer o mesmo", em alusão ao assassinato de 26 pessoas perpetrado na sexta-feira pelo estudante Adam Lanza, de 20 anos, em uma escola de Newtown, em Connecticut.
Por esse motivo, disse o estudante uruguaio, se dirigiu às instalações da universidade, mas ao dar-se conta que estavam fechadas por ser sábado, caminhou quatro quadras até o prédio de uma clínica particular.
Entrou no banheiro e fez um primeiro disparo para se assegurar que a arma funcionava. O segundo disparo foi contra um policial aposentado que se aproximou da área onde estava o jovem e de quem a bala passou muito perto da cabeça.
O terceiro foi contra o teto, enquanto os pacientes da clínica deixavam assustados o lugar e instantes antes de a polícia chegar e o deter.
Em uma segunda declaração o jovem uruguaio afirmou que sua intenção era na realidade se suicidar e em uma terceira "também disse que era um discípulo de Bin Laden, que ele está vivo e que continua enganando a todos", segundo as autoridades.
"Cada vez que é interrogado diz outra coisa", acrescentou a polícia à agência Efe.
O jovem foi levado a uma clínica psiquiátrica após sua detenção e permanecerá lá "durante uma semana com custódia policial" até determinar seu estado de saúde mental.

Serão realizados nesta segunda-feira os dois primeiros dos 20 funerais para as crianças mortas no massacre na escola Sandy Hook


Serão realizados nesta segunda-feira os dois primeiros dos 20 funerais para as crianças mortas no massacre na escola Sandy Hook, ocorrido na última sexta (14) na cidade de Newtown (Connecticut), nos Estados Unidos.
Noah Pozner e Jack Pinto serão enterrados na tarde desta segunda.
Noah, que completou seis anos no mês passado, foi a vítima mais jovem. O rabino da família disse que encorajou a mãe do menino a se concentrar em seus outros quatro filhos em seu período de luto.
Jack, também de seis anos, era um lutador que amava esportes. O jogador do time de futebol americano New York Giants, Victor Cruz, jogou na noite de domingo com o nome do garoto estampado em suas chuteiras e luvas.
Todas as crianças tinham entre seis e sete anos. A diretora da escola, a psicóloga e quatro professores também foram mortos, além da mãe do atirador, Adam Lanza.
As vítimas foram lembradas no domingo à noite em uma cerimônia ecumênica de pouco mais de uma hora, a qual teve a presença do presidente Barack Obama. Em discurso em um ginásio na cidade de Newton, ele falou sobre o fracasso do país em proteger seus filhos e pediu por mudanças em resposta ao massacre.
"Não podemos mais tolerar isso. Essas tragédias têm que acabar. E para acabar com elas, precisamos mudar", disse, acrescentando que ele iria juntar autoridades policiais, professores, profissionais de saúde mental e outras pessoas para estudar a melhor maneira de parar com a violência.
"Nenhuma lei, nenhum conjunto de leis pode eliminar o mal do mundo ou prevenir todo ato de violência sem sentido em nossa sociedade", ele disse. "Mas isso não pode ser uma desculpa para não agir."
Obama disse que, nas próximas semanas, vai usar "todo o poder que o cargo tem" em um esforço "direcionado a prevenir mais tragédias como essa".
"Nós não podemos aceitar acontecimentos assim como uma rotina. Estamos realmente preparados para dizer que não temos poder face a uma carnificina como essa? Que a política é difícil demais? Estamos preparados para dizer que uma violência como essa contra nossas crianças ano após ano após ano é de alguma maneira o preço da nossa liberdade?"